2 – Por falar em impressão, como se dá essa sua estampa da pluralidade transdimensional na interação com o público?

A intenção da minha obra é transportar o público para uma realidade paralela a que ele está inserido e, desse modo, passar as críticas intrínsecas a uma sociedade caoticamente estruturada. Uma vez que o público se abre para esse escarne das loucuras sociais ocultas por rotinas pré-estabelecidas através do cotidiano, você consegue transitar por diversas culturas sem cair em armadilhas de percurso!

3 – Sua proposta é despertar no imaginário das pessoas a qualidade de visão, sentimento, valor e resgate. Quais são as respostas vindas do público quando isso acontece?

Para ilustrar a pergunta, tem uma história bem interessante que aconteceu em uma das amostras que fiz em São Paulo. Uma senhora aproximou-se de uma das minhas obras e comentou o quanto interessante era. Do nada ela começou a chorar compulsivamente me deixando sem reação. Quando ela se acalmou, me contou que o pai dela costumava criar peças tridimensionais e pendurá-las na parede da sala em caixas transparentes bem parecidas com aquelas da minha obra e, isso trouxe a ela saudosas lembranças do pai. Essa é apenas uma das histórias que já escutei de reações que minhas obras causam. E como é curioso, como os sentidos ativados ao olhar uma obra podem resgatar lembranças muitas vezes adormecidas na história das pessoas.